Defesa de Daniel Alves pede perícia particular e gravação de exame psicológico de mulher que acusa jogador de assédio Reprodução
A defesa de Daniel Alves adotou novas medidas para tentar coagir a mulher que acusa o jogador de estupro. Faltando apenas uma etapa para a marcação da data do julgamento (o exame psicológico da vítima), Cristóbal Martell, advogado que representa o jogador no caso, solicitou que o legista do tribunal que fará a entrevista com a denunciante seja acompanhado por alguém contratado pela defesa do brasileiro.
A outra medida dos defensores foi solicitar que todo o depoimento seja gravado. O pedido já havia sido feito e negado, mas Martell entrou com recurso, que está sendo analisado. As informações foram divulgadas pelo jornal espanhol Semana.
No último dia 21, o Tribunal de Barcelona decidiu que o jogador permaneceria em prisão preventiva e sem direito a fiança. Diante da decisão da Justiça de Barcelona, Cristóbal Martell teria concentrado a defesa do jogador no “teste psicológico que tem que ser feito na jovem”. As diligências solicitadas pelo advogado têm o intuito de diminuir a credibilidade da versão da vítima e tentar provar que seu estado psicológico não é compatível com o de uma vítima de abuso sexual.
Recentemente, a defesa do jogador afirmou à justiça espanhola que não houve estupro, pois a relação entre o brasileiro e a jovem teria sido consensual. Para tentar comprovar esse álibi, Martell usou como argumento um relatório médico do Hospital Clínic, onde a jovem foi atendida logo após as supostas agressões sexuais.
No documento, os médicos apontam que não foram identificadas lesões vaginais típicas de relações sexuais secas ou lesões compatíveis com sexo à força. Em outras palavras, a suposta vítima estaria lubrificada no momento do suposto ato. No entanto, especialistas ouvidos pelo GLOBO afirmam que a presença de lubrificação vaginal, mesmo durante uma relação sexual, não é sinônimo de excitação.
— A presença de muco lubrificante na vagina não quer dizer que ela estava excitada na hora da relação sexual — afirma a ginecologista e médica do grupo de cirurgia oncológica da Beneficência Portuguesa, em São Paulo, Marianne Pinotti.
Fonte: GE