SEGUNDA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2023 Em nota, CBF 'repudia veementemente' o uso da camisa da seleção em atos terroristas em Brasília

Grande parte dos terroristas que invadiram Brasília vestiam camisas da seleção brasileira

Grande parte dos terroristas que invadiram Brasília vestiam camisas da seleção brasileira Sergio Lima / AFP

 

Muitos dos terroristas que invadiram e vandalizaram as sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário na tarde do domingo em Brasília vestiam a camisa da seleção brasileira no momento da invasão. O item é um dos símbolos dos bolsonaristas e aparece frequentemente em atos golpistas. Nas redes sociais, a CBF se posicionou sobre o uso do uniforme.

"A CBF é uma entidade apartidária e democrática. Estimulamos que a camisa seja usada para unir e não para separar os brasileiros. A CBF repudia veementemente que a nossa camisa seja usada em atos antidemocráticos e de vandalismo", escreveu o perfil.

No domingo, grupos terroristas que não aceitam a derrota nas eleições presidenciais de Jair Bolsonaro invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília, atendendo a convocatórias que eram feitas nas redes sociais. Eles vandalizaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal, destruindo patrimônio público e obras de arte, como uma pintura de Di Cavalcanti avaliada em R$8 milhões. Mais de 260 golpistas foram detidos.

Antes da Copa do Mundo, a entidade já trabalhava na ideia de desassociar a camisa da seleção à conotação política. Uma campanha foi feita visando afirmar a noção de que o uniforme pertence a todos os brasileiros, e não a grupos específicos.

— A camisa da Seleção é de todos os brasileiros, não é desse ou daquele. É daqueles que fizeram a história do futebol brasileiro acima de tudo — afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.