SEGUNDA-FEIRA, 2 DE JANEIRO DE 2023 Palmeiras termina 2022 com R$ 68 milhões em dívida com a Crefisa; veja o que o clube ainda vai pagar

Palmeiras terminou 2022 com a dívida com a Crefisa em R$ 67,9 milhões. O valor é referente a contratações com aporte da patrocinadora, especialmente nos primeiros anos da parceria.

O valor pendente é referente às negociações por Luan, Guerra, Carlos Eduardo, Borja, Deyverson e Dudu. Veja abaixo a quantia referente a cada um:

 

Jogadores que o Palmeiras precisa pagar à Crefisa

 

Jogador Valor Clube atual
Luan R$ 15,5 milhões Palmeiras
Guerra R$ 1,3 milhão Aposentado
Carlos Eduardo R$ 10 milhões Palmeiras (fora dos planos)
Deyverson R$ 16,8 milhões Cuiabá
Dudu R$ 7,6 milhões Palmeiras
Borja R$ 16,7 milhões River Plate (ARG)

Fonte: ge

 

Palmeiras se comprometeu a devolver os valores investidos pela patrocinadora na contratação de atletas.

Depois dos aditivos nos contratos com a Crefisa, reconhecidos pelo Conselho Deliberativo, ficou documentado que o clube seria obrigado a repor a quantia paga nos atletas com o acréscimo de juros baseados na taxa de CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

 

Vice-presidente do Palmeiras Paulo Buosi e a presidente Leila Pereira — Foto: Cesar Greco

Vice-presidente do Palmeiras Paulo Buosi e a presidente Leila Pereira — Foto: Cesar Greco

 

O acordo é o seguinte: caso algum dos jogadores contratados após o aporte seja negociado, o Verdão deve devolver o valor com juros ao ser pago pela transferência. Se a quantia for menor que a investida, ou se o atleta deixar o clube ao fim do contrato, o Palmeiras tem dois anos para pagar o que deve à parceira. Um possível lucro fica com o clube.

Além das negociações com jogadores que foram contratados com o aporte da Crefisa, o clube tem usado os bônus pagos pela empresa após conquistas para abater o débito. Foi assim nas conquistas da Copa Libertadores, e o mecanismo se repetiu com o título brasileiro.

 

Leila Pereira, presidente do Palmeiras, presta homenagem para Dudu — Foto: Fabio Menotti

Leila Pereira, presidente do Palmeiras, presta homenagem para Dudu — Foto: Fabio Menotti

 

O contrato com a patrocinadora prevê o pagamento de R$ 12 milhões como prêmio pela conquista do campeonato nacional, valor serviu para diminuir o débito.

A dívida chegou a R$ 172,1 milhões no fim de 2019 e desde então só tem caído, pois o clube não usa mais aportes da empresa para buscar reforços. Em dezembro de 2021, o débito estava perto de R$ 110 milhões.

Não estão incluídos nestes valores os R$ 65 milhões que o Palmeiras antecipou do contrato com a Crefisa em 2023. Uma parte da quantia serviu para resolver o problema de fluxo de caixa, e o restante para a contratação de José López, do Lanús, da Argentina.

Os R$ 65 milhões correspondem ao que seria pago pelo patrocínio de julho de 2022 a junho de 2023. Houve uma discussão na reunião do COF de que estas antecipações são na verdade empréstimos.

O primeiro adiantamento foi feito com um outro banco como intermediário, e o segundo, para a contratação de López, direto com a Crefisa. Leila Pereira, porém, não concorda, sob o argumento de que estas receitas já seriam do Palmeiras.

Para reequilibrar o caixa no primeiro semestre, o Verdão aposta em novas receitas e na venda de jogadores. A negociação de Endrick com o Real Madrid, por exemplo, começará a ser paga em janeiro.