Além de falar sobre as possibilidades de permanência para 2023, o técnico Vítor Pereira falou também sobre o presente. Diante da derrota por 2 a 0 para o Fluminense, nesta quarta-feira, na Neo Química Arena, ele admitiu que o time perdeu força emocional após o vice da Copa do Brasil.

– As notícias que vem de fora eu não posso controlar (sobre o seu futuro). Não consigo avaliar o impacto. Agora, depois do jogo contra o Flamengo, em que fomos enchendo o balão de expectativa, naturalmente o balão estourou. E nós internamente temo que ter a capacidade de dar a volta por cima na situação. Cada um reage de um jeito. O clima emocional da equipe caiu.

– O clima emocional ainda estamos a tentar reagir. O futebol não dá tempo para isso. Para ganhar o jogo em Santos tivemos que ir ao limite tentar reagir. Faltou alegria contra o Santos, temos que trazer de volta essa energia. Sem ela não é possível competir – disse.

O treinador falou sobre a derrota para o Flu, num jogo em que o Timão perdeu Gustavo Mosquito, Renato Augusto e Balbuena, todos machucados, até o intervalo.

Vítor Pereira em Corinthians x Fluminense — Foto: Marcello Zambrana/AGIF

– Discutimos o jogo, pressionamos. Cometemos um erro na bola parada que não deveríamos ter cometido. Não estávamos posicionados e sofremos o gol. Já tínhamos problemas na construção pelos desfalques. Renato e Balbuena sentiram problemas musculares. A equipe foi perdendo soluções ao longo do jogo contra um time de muita qualidade, de um futebol que desgasta. Se vê um Corinthians a tentar pressionar o Fluminense, correndo sem criar problemas.

– Eles têm jogadores perigosos. Temos que analisar o jogo como ele foi acontecendo. Fizemos três mudanças sem estar planejados. Giovane não posso colocar na pressão, é miúdo. Róger não conseguiu. Isso tudo somado deu um jogo do nível de hoje. Agora é focar no Goiás e ver quem estará disponível.

Sem opções de ataque, o técnico lamentou não poder contar com Júnior Moraes no elenco.

– Tem sido uma temporada sem contar com ele. Está com problemas. Não consegue treinar em intensidade alta. Ainda está com o departamento médico – afirmou.

Os problemas no elenco foram bastante explorados pelo treinador na entrevista.

– Se olharmos para o elenco, o ponta é Róger na esquerda. Quando falta o Yuri, temos que botar Róger no meio porque Júnior não esteve quase a temporada toda. Nós temos um miúdo de 19 anos, que não está preparado ainda (Giovane). Não posso exigir dele o que ainda não pode dar. Nem quero que ele perca confiança nele mesmo. Róger até consegue, contra o Athletico consegui. Uma equipe que foi sempre agressiva na bola que entrava nele e ele não conseguiu. Tínhamos Gustavo. Na esquerda, Vital. Minha solução pela direita a única que imaginei foi o Ramiro daquele lado. Mas ele não é extremo.

– Fluminense pressiona alto e precisamos pressionar na frente. Rafa fora por Covid, Balbuena saiu. Jogar contra o Flu nessas condições... Só se as pessoas não quiserem ver. Para competir com eles, precisamos estar no melhor nível e com todos disponíveis. Não foi o caso hoje.