QUARTA-FEIRA, 17 DE MAIO DE 2023 ÀS 16:33:29
Acusado de matar concunhado na frente de igreja no São José é julgado nesta quarta-feira

O Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) se reúne nesta quarta-feira (17), para julgamento de William de Campos Nascimento, denunciado por homicídio pelo assassinato do pintor de paredes Thiago Grotto Prestes, 32 anos, crime ocorrido em janeiro de 2018, no bairro São José.

 

Os dois eram concunhados e amigos de longa data, mas esse relacionamento havia acabado em 2016, quando o réu descobriu que a vítima teria estuprado as filhas dele.

 

Consta na denúncia apresentada pelo promotor de Justiça Adelmo Pinho, representando o Ministério Público, que a vítima foi denunciada, processada e condenada a 32 anos e 8 meses de prisão em primeira instância pela 1ª Vara Criminal pelos estupros, mas teve o direito de recorrer da sentença em liberdade. 

 

 

Tiros

Ainda de acordo com a denúncia, disposto a matar o concunhado, no início da noite de 7 de janeiro de 2018, Nascimento saiu com um VW Gol e foi até à Igreja Assembleia de Deus, no bairro São José, que era frequentada por Prestes.

 

Após confirmar que ele estava no local, o réu parou o carro na frente do templo, acenou para vítima, que estava na porta da igreja, chamando-a para vir ao encontro dele.

 

Quando Prestes se aproximou do carro e colocou as mãos sobre o veículo, Nascimento sacou a arma e fez dois disparos, sendo que um deles atingiu o braço esquerdo e o outro o tórax, causando lesões nos pulmões e no coração.

 

Após o crime, o réu fugiu do local e Prestes chegou a ser socorrido por populares e levado à Santa Casa por uma testemunha, mas não resistiu aos ferimentos. Consta na denúncia que dias após o crime Nascimento se apresentou na delegacia e confessou ser o autor do homicídio.

 

 

Júri

Após o recebimento da denúncia, a defesa do réu pediu a absolvição sumária, alegando a presença de causa excludente da ilicitude, por ele ter agido em legítima defesa putativa. Em juízo, Nascimento alegou que Prestes passou a ameaçá-lo após denunciá-lo à polícia o estupro das filhas dele, por isso decidiu comprar um revólver para se defender.

 

Ainda de acordo com ele, no dia do assassinato ele passava de carro na frente da igreja quando a vítima entrou na frente do veículo, dizendo para tirar a queixa. Na versão dele, ao se recusar a atender o pedido, Prestes teria se afastado do veículo e colocado a mão na cintura.

 

Apesar de não ter visto se a vítima estava armada, ele sacou o revólver e fez os disparos, fugindo em seguida. O réu aguarda julgamento em liberdade.

 


Fonte: HojeMais