
O Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) volta a se reunir nesta quarta-feira (10), para julgamento de Nilton dos Santos Mota, acusado de matar o frentista Reginaldo de Oliveira Cordeiro, 32 anos, crime ocorrido em novembro de 2016. Na ocasião, o autor teria feito pelo menos sete disparos contra a vítima, que residia no Jardim Etemp.
De acordo com a denúncia, o crime aconteceu na rua Elza de Almeida Lemos, no residencial Atlântico, que fica ao lado do Etemp. A investigação apontou que na noite de 6 de novembro Cordeiro esteve em um bar próximo ao local do crime, acompanhado de outros dois homens.
Quando o estabelecimento fechou, ele disse aos colegas que iria para outro estabelecimento, chamado “Canto do Sabiá”, mas quando seguia para o local, foi surpreendido por Mota, que teria feito pelo menos sete disparos contra a vítima, pelas costas.
Dos disparos, três tiros foram na nuca, três nas costas e um na região da clavícula. Logo após o crime o réu fugiu levando a arma consigo, enquanto a Polícia Militar foi chamada e Cordeiro encontrado inconsciente, caído na rua. Ele chegou a ser levado por equipe de resgate do Corpo de Bombeiros até a Santa Casa, onde teria dado entrada já sem vida.
Preso
Consta na denúncia que Mota foi preso em flagrante seis meses depois, em 7 de maio de 2017, por lesão corporal e posse irregular de arma de fogo. Na ocasião foi apreendido com ele um revólver calibre 38 carregado com seis munições intactas.
A arma foi encaminhada à perícia e o exame apontou que os projéteis encontrados no corpo da vítima teriam sido disparados por esse revólver. Ouvido na fase policial, o réu negou o crime, mas confirmou que a arma apreendida era dele e não a havia emprestado a ninguém.
Alegou ainda que não tinha nenhum convívio com a vítima e que nem chegou a falar com ela naquele dia, vindo a saber da morte durante um churrasco. Apesar da versão, ele foi denunciado por homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima.
O réu foi pronunciado e a Justiça decidiu por mandá-lo para julgamento pelo Tribunal do Júri. A defesa pede a absolvição por falta de provas. Em caso de condenação, pedirá o afastamento da qualificadora.
O julgamento está marcado para as 9h, no Fórum de Araçatuba.
Fonte: HojeMais