
Durante a investigação do latrocínio contra o motorista por aplicativo Glauber Humberto Florentino, 35 anos, ocorrido no dia 1º deste mês em Araçatuba (SP), a Polícia Civil descobriu que um dos presos, investigado por planejar o crime, também tentou aplicar um golpe no homem preso em janeiro, acusado de mandar matar a mãe e o padrasto.
O duplo assassinato ocorreu na noite do dia 13 daquele mês, tendo como vítimas Magali Cantarani Luz, 61 anos, e o companheiro dela, Lourival Aparecido Poletti, 56. Eles foram mortos com golpes de cabo de machado. O corpo dela foi encontrado caído na garagem do imóvel e o dele, dentro do porta-malas do carro, também na garagem.
A informação dessa tentativa de golpe foi revelada nesta quinta-feira (30), durante entrevista concedida pelos delegados da DH/Deic (Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais), após a prisão de um segundo acusado de participação no latrocínio.
Celular
O delegado Rodolfo Carlos de Oliveira, responsável pelo inquérito da morte do motorista por aplicativo, contou que durante as investigações, uma testemunha relatou que em dezembro, o mesmo acusado de atrair Florentino para a morte, havia tentado aplicar um golpe em outra vítima para ficar com o carro dela. "Coincidentemente, a gente tinha o celular dessa vítima, porque ela foi presa naquele crime que matou o pai e a mãe - a mãe o padrasto, corrigiu o delegado Paulo Natal” , contou Oliveira.
Ainda de acordo com ele, ao analisar o celular apreendido do filho do casal, foram encontradas conversas mantidas entre ele o preso agora por ter planejado o latrocínio contra o motorista por aplicativo. “Naquelas conversas, o autor nosso aqui pedia para ensinar como fazer para colocar remédio para fazer a pessoa dormir”, revelou o delegado.
Durante a investigação do duplo assassinato, a polícia apurou que o acusado teria tentado matar a mãe e o padrasto colocando medicamentos no suco que eles tomavam diariamente. Ainda segundo Oliveira, nas mensagens enviadas ao filho do casal, o acusado de matar Florentino dizia que estava com muita raiva de uma pessoa e queria fazê-la dormir por dois dias.
Carro
Também foram encontradas conversas, na qual o acusado de matar o motorista por aplicativo e roubar o carro dele, tentava convencer o que mandou matar a mãe e o padrasto a comprar um veículo. O objetivo, segundo o que foi informado à polícia pela testemunha, seria em seguida, roubar esse carro também para revender depois.
“Eles chegaram a pesquisar carro, entraram em concessionária para comprar carro, só que por algum detalhe não dava certo. Mas ele ficava instigando aquele rapaz para comprar um carro”, informou o delegado.
Duplo homicídio
Assim como o motorista por aplicativo, o filho do casal também é homossexual e foi preso no dia 14 de janeiro, ou seja, na manhã seguinte à que teria ajudado um amigo, com o qual manteve um relacionamento amoroso, matar a mãe e o padrasto ele.
Os dois seguem presos, assim como a mulher acusada de ser a mentora intelectual do crime e de ter fornecido os medicamentos para dopar o casal.
Informação foi divulgada pelos delegados durante entrevista coletiva (Foto: Reprodução)
Fonte: HojeMais