
O Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) condenou a 6 anos de prisão, Mateus Henrique Pereira de Oliveira, 22 anos, pelo assassinato do sogro dele, o servente Enilson José da Silva, 41, crime ocorrido em janeiro de 2020, no residencial Águas Claras. Ele aguardava julgamento preso e não poderá recorrer em liberdade.
O crime aconteceu por volta das 19h de 30 de janeiro de 2020, na rua João dos Santos Lima. Segundo a denúncia, um dia antes o réu teria agredido e ameaçado a namorada dele, que era enteada da vítima.
Ao passar na frente da casa do sogro de bicicleta, Oliveira teria sido questionado por ele sobre as agressões do dia anterior, mas o teria ignorado. No boletim ocorrência da prisão do réu, ocorrida uma semana depois, ele alegou que após ter ignorado, o sogro e um cunhado dele teriam entrado em um carro e tentado segui-lo, mas não conseguiram falar com ele.
Revólver
Minutos depois, já armado com um revólver calibre 32, o réu retornou à casa da vítima de bicicleta e ao se aproximar disse: “vamos conversar agora então” . Com a arma em punho, Oliveira passou a atirar no sogro, que foi ferido por três disparos no braço, na clavícula e no quadril do lado esquerdo.
Após o crime o autor fugiu, enquanto Silva chegou a ser encaminhado ao pronto-socorro, mas não resistiu aos ferimentos sofridos pelos tiros. O réu foi denunciado por homicídio simples e preso em 7 de fevereiro daquele ano.
Preso
Na matéria publicada pelo Hojemais Araçatuba sobre a prisão, consta que policiais militares em patrulhamento pela avenida Dois de Dezembro cruzaram com Oliveira como passageiro de um VW Gol. O réu teria se abaixado e ao ser feita a abordagem, ele foi reconhecido como autor do homicídio e teria confessado o assassinato do sogro.
Ouvido pelos policiais, o réu alegou que havia reagido porque o sogro teria jogado o carro contra ele. Oliveira levou os policiais até à casa onde estava residindo, no bairro Verde Parque, e apresentou a arma usada no crime, que estava escondida dentro de um fogão. O revólver calibre 32 estava carregado com seis munições intactas e junto havia mais 11 munições do mesmo calibre.
Tráfico
Na ocasião também foram apreendidas 37 porções de cocaína e R$ 180,00 em dinheiro. Segundo a polícia, o acusado alegou que dividia o imóvel com um colega e que vendia entorpecentes para pagar o aluguel e o advogado.
Durante o julgamento pelo homicídio, nesta quarta-feira no Fórum de Araçatuba, o promotor de Justiça pediu a condenação nos termos da denúncia. Já a defesa, feita pelo advogado Eder Fábio Garcia dos Santos, alegou legítima defesa e pediu que fosse considerado o que réu teria praticado o homicídio sob o domínio de violenta emoção, o que poderia reduzir a pena em até um terço.
Condenado
Os jurados atenderam o pedido da Promotoria de Justiça e o juiz Danilo Brait, que presidiu o julgamento, proferiu a sentença, determinando o regime fechado para início do cumprimento da pena. O Ministério Público adiantou que não pretende recorrer da decisão.
Não há informações sobre o outro processo, relativo ao flagrante de tráfico drogas e posse de arma de fogo e munição.
Fonte: HojeMais