
O tatuador Gabriel Marcos da Silva foi assassinado em março de 2020 (Foto: Reprodução)
Davi Moura de Oliveira, 22 anos, foi condenado a 12 anos de prisão pelo assassinato do tatuador Gabriel Marcos da Silva, 26, crime ocorrido em março de 2020, dentro do estúdio da vítima, no bairro Água Branca, em Araçatuba (SP). O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (15) no Fórum de Justiça e o réu não terá o direito de recorrer em liberdade. Ele está preso desde abril de 2020.
Na noite do crime, o tatuador atendia um cliente e foi surpreendido por um homem armado com um revólver calibre 38 e uma pistola calibre 380, que chegou de moto ao local, entrou no salão e efetuou os disparos. Laudo do exame necroscópico aponta que foram encontrados 13 marcas de entrada de projéteis e dez de saída.
Identificado
Durante o inquérito a Polícia Civil apurou que Oliveira era investigado por outra tentativa de homicídio e representou por um mandado de busca para a casa dele. Durante vistoria no imóvel foram apreendidas uma pistola e um revólver. Consta na denúncia que laudo pericial de confronto balístico apontou que os projéteis recolhidos no salão do tatuador teriam sido disparados pelas armas apreendidas. Além disso, o réu foi preso em flagrante e teria confessado informalmente na delegacia que havia assassinado o tatuador, que teria incomodado uma ex-namorada dele.
A polícia revelou ainda que Oliveira era temido no bairro onde morava por trabalhar para o chefe do tráfico, Caíque Junio de Souza Soares, o "Caíque do Água Branca”, que foi preso em dezembro de 2021 e denunciado por uma tripla tentativa de homicídio.
Negou
Em depoimento em juízo, o réu negou a autoria do crime, alegando que conhecia a vítima apenas de vista e não teria tido nenhuma rixa com ela, envolvendo sua namorada. Alegou ainda que a polícia teria plantado as duas armas de fogo na casa dele.
Apesar das alegações, Oliveira foi denunciado por homicídio qualificado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e, durante a sessão de julgamento, o promotor de Justiça Adelmo Pinho pediu a condenação nos termos da denúncia.
Condenado
A defesa, feita pelo advogado Alex Galanti Nilsen, pediu a absolvição, alegando negativa de autoria e, em caso de condenação, que fosse afastada a qualificadora. Entretanto, os jurados não acataram os pedidos e condenaram Oliveira de acordo com a denúncia.
A sentença foi proferida pelo juiz Danilo Brait, que presidiu o júri e determinou o regime fechado para início do cumprimento da pena. O réu não terá o direito de recorrer em liberdade e o Ministério Público já anunciou que não pretende recorrer da decisão.
Armas que teriam sido utilizadas no crime foram apreendidas (Foto: Divulgação)
Fonte: HojeMais