TERÇA-FEIRA, 27 DE JUNHO DE 2023 ÀS 08:09:17
Acusados de assassinar casal no bairro Primavera passam por audiência

Está marcada para esta terça-feira (27) no Fórum de Araçatuba (SP), a audiência de instrução e julgamento de Daniel Cantarani Sorrentino, Renato Balbino de Souza e uma mulher acusada de participação nos assassinatos de Magali Cantarani Luz, 61 anos, e do companheiro dela, Lourival Aparecido Poletti, 56, crimes ocorridos em janeiro.

 

Ela era mãe e ele padrasto, respectivamente, de Daniel, que teria contratado Renato para matá-los, segundo foi apurado em inquérito pela Polícia Civil e amplamente divulgado pela imprensa. O acusado de ser executor do crime confessou ter recebido R$ 700,00 do filho da mulher assassinada. Ele contou à polícia que o contratante teria mandado matar até um cão de estimação da família, da raça Pug, o que ele não aceitou.

 

Já a mulher é acusada de ter participado indiretamente das execuções, primeiro fornecendo medicamentos para que Daniel pudesse dopar a mãe e o padrasto, o que ele vinha fazendo havia pelo menos uma semana antes da morte das vítimas. Ela, que trabalha em um mercado junto com Renato, também teria planejado a execução do crime naquela noite.

 

A audiência desta terça-feira tem como objetivo ouvir as testemunhas de defesa e de acusação, para em seguida interrogar os réus. Ao término desta etapa a Justiça abre prazo para manifestação das defesas dos réus e do Ministério Público, para depois decidir sobre a possível pronúncia do trio para julgamento pelo Tribunal do Júri.

 

 

Réus

 

Os três réus foram denunciados pelo Ministério Público e aguardam julgamento presos. Daniel responde duas vezes por ocultação de cadáver e duas vezes por homicídio qualificado por motivo torpe, mediante pagamento, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. No caso da mãe dele, pesa ainda a qualificadora de violência doméstica.

 

Renato e a mulher acusada de participar indiretamente dos assassinatos foram denunciados duas vezes por homicídio qualificado por motivo torpe, mediante pagamento, meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas e duas vezes por ocultação de cadáver.

 

 

Interdição

 

A pedido do Ministério Público, foi decretado sigilo no processo, por sido anexada uma ação anterior que decidiu pela interdição de Renato. Assim que os dois acusados foram presos, na manhã seguinte ao crime, a Polícia Civil comentou sobre essa interdição. Inclusive o advogado responsável esteve na delegacia.

 

O promotor Adelmo Pinho pediu que seja determinada a instauração de incidente de insanidade desse réu, para comprovar essa condição de interditado e definir se ele é ou não inimputável. Segundo a Promotoria de Justiça, o laudo do procedimento ainda não foi divulgado.

 

Caso seja confirmada essa condição, o réu deixa de responder pelos atos como um cidadão comum, mas não se eximirá integralmente dos efeitos da atribuição da autoria do fato.

 

 

Assassinatos

 

Magali e Lourival foram mortos com golpes de cabo de machado e o próprio filho de Magali telefonou para polícia alegando que a família teria sido vítima de um roubo. Durante atendimento à ocorrência os policiais militares encontraram o corpo da mulher jogado na garagem do imóvel.

 

A versão do filho dela passou a ser questionada quando o os policiais encontraram o corpo de Lourival dentro do porta-malas do carro. Ao ser ouvido na delegacia, Daniel acabou confessando que havia contratado Renato, com quem havia mantido um relacionamento amoroso, para matar a mãe e o padrasto.

 

O executor do crime levou um galão de gasolina à residência naquela noite. A polícia apurou que a dupla pretendia colocar os corpos no veículo e desová-los em uma área próxima ao ribeirão Baguaçu, onde seriam incendiados.

 

 

Daniel Cantarani Sorrentino é acusado de ter encomendado a morte da mãe e do padrasto e ter pago pelos crimes (Foto: Reprodução/Arquivo)

 

 

Magali Cantarani Luz e Lourival Aparecido Poletti foram assassinados em janeiro (Foto: Reprodução)


Fonte: HojeMais