
A Câmara de Birigui (SP) rejeitou o projeto de lei apresentado pelo prefeito Leandro Maffeis (Republicanos), que autorizaria o município fazer um financiamento de R$ 14 milhões para renovação da frota municipal. A votação em sessão extraordinária iniciada às 16h foi apertada, com oito votos contrários e sete votos favoráveis.
Durante a sessão, dois dos vereadores da oposição pediram que fosse exibido um vídeo divulgado pelo prefeito, ainda durante a campanha eleitoral, no qual ele se declarou contrário a financiamentos pela Prefeitura.
Um dos argumentos dele na ocasião foi de que o município contava com um orçamento de R$ 500 milhões e se “não roubasse”, não precisaria de financiamento. Outro argumento apresentado pelos parlamentares contrários à aprovação, foi de que a administração municipal não fez a devida manutenção na frota nos últimos anos.
Para eles, o financiamento para comprar veículos não é um investimento, por se tratar de bem que irá se desvalorizar, enquanto o município contrairia uma dívida para ser paga nos próximos oito anos.
O vereador Cabo Wesley (UB) inclusive comentou que neste ano os vereadores destinaram cerca de R$ 1 milhão das emendas positivas para a aquisição de veículos para a Saúde. Segundo ele, se todos os parlamentares fizerem o mesmo no próximo ano, a Prefeitura poderá ter até R$ 10 milhões para renovar a frota, sem a necessidade de fazer um financiamento.
Oito vereadores foram contrários ao projeto do financiamento (Foto: Reprodução)
Projeto
A sessão extraordinária foi convocada porque a Prefeitura protocolou na segunda-feira (3), um novo projeto na Câmara. O anterior, apresentado em junho, chegou a ser colocado na pauta de votação na última sessão ordinária, mas como houve pedido de vista por parte da bancada do prefeito, ele foi adiado e só poderia ser votado na primeira sessão pós-recesso, em agosto.
O objetivo da administração municipal com o financiamento pela Desenvolve SP no valor de R$ 14.262.321,77 era a aquisição de 31 veículos novos. Desse total, R$ 3,8 milhões seriam para a Secretaria Municipal de Saúde adquirir 14 veículos: três ambulâncias tipo A; dois micro-ônibus e duas vans com 16 lugares e com acessibilidade; uma van com 18 lugares; e seis veículos leves (hatch 1.0).
Lixo
Os outros R$ 7,4 milhões seriam para atender a Secretaria de Serviços Públicos, que é responsável pela coleta de lixo e pelo gerenciamento do aterro sanitário municipal, que recebeu três autuações pela Cetesb (Companhia Ambiental de São Paulo) e na semana passada foi alvo de fiscalização do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado). Durante a vistoria, foi encontrado lixo a céu aberto, a presença de urubus e vazamento de chorume.
A Prefeitura alega que o dinheiro do financiamento seria para melhorar as condições do aterro sanitário. Para isso, seriam adquiridos cinco caminhões com carroceria coletora e compactadora de resíduos sólidos e caixa coletora de chorume; uma escavadeira hidráulica; um trator de esteira; um caminhão com caçamba basculante; e uma pá-carregadeira.
Outros R$ 2,9 milhões seriam usados na compra de oito veículos para a Secretaria de Obras, sendo uma retroescavadeira, um caminhão tipo cargo, um caminhão basculante, um caminhão pipa, um rolo compactador combinado, uma caminhonete e dois veículos leve (hatch 1.0),
O Hojemais Araçatuba encaminhou e-mail à Prefeitura perguntando quais medidas serão adotadas diante da rejeição ao projeto e aguarda resposta.
O vereador Vadão da Farmácia votou favorável ao projeto (Foto: Reprodução)
O vereador Marcos da Ripada foi um dos contrários (Foto: Reprodução)
Fonte: HojeMais