Márcio Diones Vasconcelos, 50 anos, condenado a 12 anos de prisão por ter matado a companheira dele em Auriflama (SP) em 2014, foi preso em Araçatuba (SP) no último sábado (4). Ele cumpria pena no regime aberto, mas por determinação da Justiça retornou para o regime semiaberto e havia um mandado de prisão em aberto contra ele.

O Hojemais Araçatuba apurou que o réu foi denunciado por feminicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, porque na tarde de 6 de julho de 2014 ele matou a companheira dele, Rosana Cristina dos Santos.

Consta na denúncia que o casal vivia em união estável e tinha um filho com 5 anos de idade. Naquela tarde, enquanto ele estava em um bar, a mulher cuidava do filho e dos afazeres doméstico. Ela havia encomendado algumas mercadorias em uma conveniência e o entregador foi abordado quando deixava a residência do casal.

Ciúmes

Com ciúmes, Vasconcelos o questionou sobre possível demora para ter deixado a casa e o funcionário da conveniência explicou que houve uma divergência com relação aos valores cobrados pelas mercadorias. Por isso, foi necessário fazer nova soma da conta.

Assim que o entregador foi embora o réu entrou em casa, se apossou de uma faca e atacou Rosana de surpresa, enquanto ela ainda fazia as tarefas do lar, vindo a atingi-la com um golpe no coração. A vítima teria caído imediatamente no chão da cozinha, próximo à porta de entrada da residência, e o autor fugiu em seguida com uma moto.

Filho

Segundo a denúncia, o filho do casal encontrou a mãe caída na cozinha, sujou a roupa e os pés com sangue dela e foi até a casa do vizinho pedir ajuda, informando que o pai havia matado a mãe dele.

Vasconcelos foi condenado a 12 anos de prisão em julgamento pelo Tribunal do Júri de Auriflama realizado em novembro de 2015. Ele recorreu da sentença e o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) manteve a decisão, ao julgar o recurso em outubro de 2016.

Progressão

O direito ao regime aberto foi concedido maio do ano passado, porém, o Ministério Público recorreu, entendendo que houve divergência com relação ao cálculo do início do cumprimento da pena. O TJ-SP acatou o recurso e considerou que ele deve permanecer no regime semiaberto até o final de novembro deste ano.

Houve novo recurso, agora por parte da Defensoria Pública, em favor do réu, porém não foi acatado pela Justiça. Também foi levado em consideração que após progredir para o regime aberto, Vasconcelos não compareceu nenhuma vez ao juízo, o que era um dos requisitos para o benefício.

Ele foi encontrado por equipe da Polícia Militar por volta das 21h30 de sábado na rua Izamar, no bairro Rosele, em Araçatuba, apresentado no plantão policial e permaneceu à disposição da Justiça.