QUINTA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2023 ÀS 08:11:08
Crianças mortas em ataque a creche são veladas em cemitério de Blumenau

Cemitério São José, em Blumenau, está cheio para velório de crianças mortas em creche

Cemitério São José, em Blumenau, está cheio para velório de crianças mortas em creche Liliani Bento

 

Começou na noite desta quarta-feira o velório de três crianças mortas por um homem de 25 anos durante um ataque à Creche Bom Pastor, vítimas de um crime que chocou o país. Bernardo Pabest da Cunha, de 4 anos, Bernardo Cunha Machado, de 5, e Larissa Maia Toldo, de 7, estão sendo velados sob muita comoção no Cemitério São José, em Blumenau, que está lotado, e serão enterrados na manhã desta quinta-feira no mesmo local.

Na frente da creche, moradores da cidade montaram uma vigília em homenagem às vítimas.

O homem invadiu a creche particular Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), armado com uma machadinha, por volta das 9h da manhã. O assassino tem 25 anos e se entregou à polícia após cometer o crime.

 

As vítimas são:

 

  • Bernardo Cunha Machado, de 5 anos
  • Bernardo Pabest da Cunha, de 4 anos
  • Larissa Maia Toldo, de 7 anos
  • Enzo Marchesin Barbosa, de 4 anos

 

Na noite desta quinta-feira, o Senado Federal decretou luto oficial de três dias por conta do crime. Segundo o decreto, a bandeira nacional será hasteada em funeral, a meio-mastro, e ficam proibidas quaisquer celebrações no âmbito do Senado enquanto durar o luto. Os trabalhos da casa não são afetados.

Esse é o segundo ataque a escolas no Brasil em menos de 15 dias. Na segunda-feira da semana passada, um adolescente de 13 anos matou uma professora em São Paulo dentro de um colégio estadual.

 

Esclarecimento aos leitores sobre cobertura de ataques e massacres pelo Grupo Globo

 

A respeito do ataque ocorrido hoje a uma creche em Blumenau (SC), no qual quatro crianças foram mortas e outras cinco, feridas, o Grupo Globo divulgou nota sobre as diretrizes que orientam a cobertura de casos de ataques e massacres de seus veículos de imprensa:

"Os veículos do Grupo Globo tinham há anos como política publicar apenas uma única vez o nome e a foto de autores de massacres como o ocorrido em Blumenau. O objetivo sempre foi o de evitar dar fama aos assassinos para não inspirar autores de novos massacres. Essa política muda hoje e será ainda mais restritiva: o nome e a imagem de autores de ataques jamais serão publicados, assim como vídeos das ações.

A decisão segue as recomendações mais recentes dos mais prestigiados especialistas no tema, para quem dar visibilidade a agressores pode servir como um estímulo a novos ataques. Estudos mostram que os autores buscam exatamente esta "notoriedade" por pequena que seja. E não noticiamos ataques frustrados subsequentes, também para conter o chamado "efeito contágio".


Fonte: O Globo