
Cemitério São José, em Blumenau, está cheio para velório de crianças mortas em creche Liliani Bento
Começou na noite desta quarta-feira o velório de três crianças mortas por um homem de 25 anos durante um ataque à Creche Bom Pastor, vítimas de um crime que chocou o país. Bernardo Pabest da Cunha, de 4 anos, Bernardo Cunha Machado, de 5, e Larissa Maia Toldo, de 7, estão sendo velados sob muita comoção no Cemitério São José, em Blumenau, que está lotado, e serão enterrados na manhã desta quinta-feira no mesmo local.
Na frente da creche, moradores da cidade montaram uma vigília em homenagem às vítimas.
O homem invadiu a creche particular Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), armado com uma machadinha, por volta das 9h da manhã. O assassino tem 25 anos e se entregou à polícia após cometer o crime.
As vítimas são:
- Bernardo Cunha Machado, de 5 anos
- Bernardo Pabest da Cunha, de 4 anos
- Larissa Maia Toldo, de 7 anos
- Enzo Marchesin Barbosa, de 4 anos
Na noite desta quinta-feira, o Senado Federal decretou luto oficial de três dias por conta do crime. Segundo o decreto, a bandeira nacional será hasteada em funeral, a meio-mastro, e ficam proibidas quaisquer celebrações no âmbito do Senado enquanto durar o luto. Os trabalhos da casa não são afetados.
Esse é o segundo ataque a escolas no Brasil em menos de 15 dias. Na segunda-feira da semana passada, um adolescente de 13 anos matou uma professora em São Paulo dentro de um colégio estadual.
Esclarecimento aos leitores sobre cobertura de ataques e massacres pelo Grupo Globo
A respeito do ataque ocorrido hoje a uma creche em Blumenau (SC), no qual quatro crianças foram mortas e outras cinco, feridas, o Grupo Globo divulgou nota sobre as diretrizes que orientam a cobertura de casos de ataques e massacres de seus veículos de imprensa:
"Os veículos do Grupo Globo tinham há anos como política publicar apenas uma única vez o nome e a foto de autores de massacres como o ocorrido em Blumenau. O objetivo sempre foi o de evitar dar fama aos assassinos para não inspirar autores de novos massacres. Essa política muda hoje e será ainda mais restritiva: o nome e a imagem de autores de ataques jamais serão publicados, assim como vídeos das ações.
A decisão segue as recomendações mais recentes dos mais prestigiados especialistas no tema, para quem dar visibilidade a agressores pode servir como um estímulo a novos ataques. Estudos mostram que os autores buscam exatamente esta "notoriedade" por pequena que seja. E não noticiamos ataques frustrados subsequentes, também para conter o chamado "efeito contágio".
Fonte: O Globo