QUINTA-FEIRA, 29 DE JUNHO DE 2023 ÀS 08:23:53
Defesa renuncia e audiência sobre duplo homicídio é adiada

A Justiça de Araçatuba (SP) teve que adiar a audiência de instrução e julgamento do caso do duplo homicídio contra um casal, ocorrido em janeiro, que estava agendada para acontecer no início da tarde de terça-feira (28).

 

Segundo o que foi apurado pela reportagem, a defesa de Daniel Cantarani Sorrentino, acusado de ter contratado Renato Balbino de Souza para matar a mãe e o padrasto dele, renunciou.

 

Assim, a Defensoria Pública terá que ser oficiada para indicar outro advogado para atuar em favor do réu. Uma nova audiência já foi agendada para 4 de agosto, quando deverão ser ouvidas as testemunhas de defesa e de acusação, para depois serem colhidos os depoimentos dos três réus.

 

Além da dupla denunciada por ser mandante e executor do crime, respectivamente, uma mulher foi presa por participação no assassinato. Ela foi apontada como sendo a pessoa que teria fornecido medicamentos usados por Daniel para tentar dopar as vítimas, o que ele estaria fazendo havia uma semana antes das mortes.

 

 

Caso

 

Os corpos de Magali Cantarani Luz, 61 anos, e do companheiro dela, Lourival Aparecido Poletti, 56, foram encontrados na noite de 13 de janeiro, uma sexta-feira. Segundo o inquérito policial, o próprio Daniel telefonou para a Polícia Militar informando um suposto assalto na residência da família.

 

O corpo da mãe dele estava na garagem e, durante o atendimento à ocorrência, os policiais descobriram o cadáver do padrasto dele dentro do porta-malas do carro, que estava na garagem. Ele foi levado para a delegacia para o registro da ocorrência e no início da manhã acabou confessando que havia contratado Renato, pessoa com quem manteve um relacionamento amoroso, para assassinar as vítimas.

 

 

Dinheiro

 

O corréu foi encontrado pela polícia no mercado onde trabalhava e em depoimento confessou ter recebido R$ 700,00 pelas mortes. Ele contou inclusive, que havia usado parte do dinheiro para comprar gasolina.

 

Um galão com o combustível foi apreendido pela polícia ao ser encontrado na calçada da casa localizada na frente da residência das vítimas. Ainda segundo a polícia, os réus pretendiam colocar os corpos no carro e levá-los para um local onde seriam incinerados.

 

 

Interdição

 

A pedido do Ministério Público, a Justiça decretou sigilo no processo. Como Renato tem a favor uma decisão que determinou a interdição dele, o promotor de Justiça Adelmo Pinho representou pela instauração de incidente de insanidade. O laudo do procedimento ainda não foi divulgado.


Fonte: HojeMais