
A Justiça de Birigui (SP) absolveu cinco empresários da cidade que foram investigados pela Operação Raio-X, da Polícia Civil de Araçatuba, por terem mantido sociedade na posse de um avião com os médicos Cleudson Garcia Montali e Lauro Henrique Fusco Marinho, o Dr. Lauro, ambos já condenados por desvio de dinheiro público da área da Saúde por meio de contratos com OSSs (Organizações Sociais de Saúde).
O processo foi desmembrado e no caso dos cinco empresários, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) havia representado pela absolvição de dois e condenação de outros três, por lavagem de dinheiro.
Em outubro de 2020, ao acatar a denúncia contra 43 investigados e decretar a prisão preventiva de 27 deles, a Justiça de Birigui havia rejeitado a denúncia contra Paulo Wesley Moterani, José Wilson Moterani, Everardo Leonel Hostalácio, Munir Djabak e Fabiano Bearare.
Na ocasião, o juiz da 1ª Vara, Adriano Pinto de Oliveira, considerou que não se pode admitir uma acusação sem embasamento em elementos concretos nos autos. Porém, houve recurso por parte da Procuradoria-Geral de Justiça e a 3ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) decidiu torná-los réus pelo crime de lavagem de dinheiro.
O processo retornou para a Justiça de Birigui e o Gaeco, representado pelos promotores de Justiça João Paulo Serra Dantas e Flávia de Lima e Marques, representou pela procedência da ação penal. Eles pediram a condenação dos irmãos Paulo e José Wilson Moterani e do juiz de direito aposentado Everardo Leonel Hostalácio. Com relação aos empresários Munir Djabak e Fabiano Bearare, a representação foi pela absolvição.
Avião
O objeto da denúncia é uma aeronave Raytheon Aircraft, 2007, Modelo G58. A investigação apontou que durante o primeiro semestre de 2017, Cleudson e Dr. Lauro teriam se unido em organização criminosa com os irmãos Paulo Wesley e José Wilson Moterani, para ocultar a origem e movimentação do dinheiro para a compra do avião.
Paulo e José Wilson são proprietários da empresa Kilbra Trading Equipamentos para Avicultura, que tinha como sócios na propriedade do avião, Fabiano e Munir. Porém, segundo a denúncia, eram sócios ocultos Lauro Fusco Marinho (12,5%) e Cleudson (12,5%), que não tinham os nomes deles no contrato.
Fonte: HojeMais