A Polícia Militar de Araçatuba (SP) deteve na madrugada desta terça-feira (25), o segundo acusado de participação no assassinato e ocultação do cadáver de Franciele Amanda de Oliveira, 37 anos. Ela estava desaparecida desde 14 de junho.

A polícia chegou até o acusado do crime após prender outro investigado, na noite de segunda-feira (24), o qual confessou que teria ajudado a carregar o corpo até um terreno no bairro Chácaras TV, onde ele teria sido incinerado.

Os restos mortais foram encontrados no dia 7 deste mês e encaminhados ao IML (Instituto Médico Legal). A identificação deverá ser confirmada por exame de DNA, cujo resultado não tem previsão de data para ser divulgado.

Desaparecimento

Segundo o que foi apurado pela reportagem, no dia 11 deste mês uma filha de Franciele esteve na delegacia e informou que a mãe dela era usuária de drogas e estava desaparecida desde 14 de junho. A jovem informou que a mãe dela havia sido vista pela última vez na casa de uma avó, no residencial Atlântico 2.

Na ocasião foi coletado material da jovem para confrontar com o material genético da ossada humana que havia sido localizada carbonizada, pois já havia suspeita por parte dela de que os restos mortais pudessem ser de Franciele, que frequentava constantemente a região onde a ossada foi encontrada.

Identificado

O delegado Rodolfo Carlos de Oliveira, responsável pelo caso, contou que após a polícia ser comunicada do desaparecimento um inquérito foi instaurado pela DH/Deic (Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais) e um homem de 34 anos foi apontado como um dos possíveis executores do crime.

Foi representado pelo mandado de prisão temporária contra ele, mas a polícia tomou conhecimento de que o investigado havia deixado a cidade. Porém, na noite de segunda-feira uma equipe da Força Tática da PM tomou conhecimento de que o investigado havia retornado a Araçatuba e o prendeu na rua Marucci, no bairro Jardim TV, por volta das 23h de segunda-feira, ao encontrá-lo na área da frente da casa onde reside.

Ajudou

Segundo o delegado, o investigado, em depoimento, negou que tivesse ajudado a matar a vítima, mas confessou que havia ajudado a carregar o corpo utilizando uma carriola. Ele confirmou que o cadáver foi levado da casa do autor do assassinato até o terreno, onde já estava o pneu que foi incendiado para incinerar o corpo.

Após a captura do primeiro investigado, a polícia chegou até o suposto autor do crime, contra o qual ainda não havia mandado de prisão em aberto. Levado à delegacia, ele também confessou o crime.

Restos mortais foram encontrados entre arames de um pneu queimado (Foto: Hojemais Araçatuba)

Mulher teria sido morta após crise de ciúmes

O delegado Rodolfo Carlos de Oliveira é o responsável pela investigação (Foto: Hojemais Araçatuba/Lázaro Jr.)

O delegado Rodolfo Carlos de Oliveira, responsável pelo inquérito que investiga o desaparecimento de Franciele Amanda de Oliveira, informou que o acusado de tê-la matado confessou que a esfaqueou e depois usou uma corda para enforcá-la.

Ao ser ouvido na manhã desta terça-feira, o investigado alegou que teve um relacionamento amoroso com a vítima. No dia em que Franciele teria desaparecido, ela teria ido à casa dele, no bairro Chácaras TV, para fazer uso de drogas.

Ainda segundo o investigado, chegando ao imóvel, ela não teria gostado da presença de outra mulher, houve uma discussão entre os dois e a vítima teria jogado uma garrafa de “Corote”, no rosto dele, e em seguida feito ameaças.

Facada

Como revide à suposta agressão e ameaça, o acusado disse que usou uma faca para atacar Franciele, que não morreu com o golpe. Por isso, ele utilizou uma corda para enforcá-la e em seguida pediu a ajuda do amigo para carregar o corpo com uma carriola até o terreno, onde ele foi incinerado e os restos mortais permaneceram por vários dias até serem encontrados.

Após colher as declarações do investigado, o delegado representou pela decretação da prisão temporária do segundo acusado. Até por volta das 10h desta terça-feira a Políciaa ainda aguardava uma decisão da Justiça.

Os dois devem ser indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver e a polícia segue com a investigação, aguardando os laudos do local onde os restos mortais foram encontrados e do exame que poderá confirmar a identificação.