
Givanildo Freitas dos Santos, 43 anos, que foi morto pela Polícia Militar em Araçatuba (SP) na semana passada após assassinar a namorada dele, Karen Vitória Mariano, 19, pode ter estuprado a vítima antes de tê-la assassinado. Ele fez uma live de dentro do apartamento antes de ser morto.
A informação sobre o possível estupro foi divulgada pelo site UOL, com base em prints de conversas trocadas pela jovem com uma amiga. Karen foi encontrada pela polícia já sem vida, com ferimentos a faca no pescoço, na madrugada de sexta-feira (19), em um apartamento de um condomínio no bairro Villela.
Na matéria publicada pelo UOL consta que ela teria passado a enviar mensagens para a amiga às 22h52 da quinta-feira (18). À amiga, a vítima teria relatado que havia sido agredida pelo namorado, que a teria enforcado e a forçado a manter relação sexual contra a vontade dela.
Brigas
Consta ainda na publicação que uma tia de Karen relatou que a sobrinha já havia reclamado das brigas entre o casal, que mantinha uma relação conturbada, com idas e vindas. Diante disso, a própria tia a teria aconselhado a voltar para Lins, onde os familiares dela residiam.
Ainda de acordo com o que foi publicado, Karen também teria postado nas redes sociais um vídeo exibindo as marcas de agressão no pescoço e nos braços, sofridas na primeira vez que teria sido agredida pelo namorado, no início do ano.
la ainda teria enviado áudio à tia semanas antes de ser assassinada, dizendo que estava disposta a ajudar o namorado, que estaria passando por problemas emocionais.
Desconhece
Um inquérito para investigar o caso foi instaurado pela DH/Deic (Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais). A reportagem procurou o responsável pelo investigação, delegado Paulo Natal, que explicou que tomou conhecimento dessas informações por meio da imprensa.
De acordo com ele já foram ouvidos os policiais militares que atuaram na ocorrência e algumas testemunhas que residem no condomínio. Entretanto, como a vítima estaria morando no local havia cerca de 20 dias, eles não têm muitas informações a respeito do casal.
Com relação aos familiares da vítima, a polícia ainda não teve contato com nenhum deles para que possam ser intimados a prestar declarações. Nem mesmo a irmã de Santos, que teria encontrado os policiais militares no condomínio para informar onde ele estava, foi qualificada no boletim de ocorrência. Assim, a polícia ainda tenta identificá-la.
Sobre o suposto estupro e até mesmo uma possível gravidez de Karen informada pelos familiares, o delegado informou que é preciso aguardar o laudo do exame necroscópico, que leva pelo menos 15 dias úteis para ser elaborado.
Givanildo Freitas dos Santos foi morto por policiais ao resistir à abordagem (Foto: Reprodução)
Caso
Policiais militares foram ao apartamento onde o casal estava após denúncia e no condomínio encontraram uma irmã de Santos, que contou que ele havia feito uma vídeo-chamada, muito alterado e suado.
Vizinhos teriam relatado gritos de socorro vindo do apartamento e a equipe encontrou o acusado trancado no quarto. Na live que ele fazia era possível vê-lo atrás de um colchão de casal com manchas de sangue, usado para bloquear a porta.
Enquanto os policiais tentam negociar a rendição dele, para que pudessem prestar socorro à namorada, que não aparece nas imagens, Santos se exalta e manda os policiais executá-lo.
Tiros
No boletim de ocorrência os policiais relataram que ao ver sangue espalhado no quarto foram feitos dois disparos com a arma de choque contra Santos, que teria resistido e tentado pegar a arma de um dos integrantes da equipe. Por isso foram feitos dois disparos, causando a morte do acusado.
Equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) esteve no local e constatou que o casal já estava morto. Durante a perícia foi apreendida a faca que teria sido utilizada para matar Karen, dois estojos da munição da arma do policial, dois cartuchos da arma de choque e o celular do acusado.
Os trabalhos foram acompanhados por equipe da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) da Polícia Civil, que comunicou o Ministério Público. Ainda segundo o que foi relatado, a polícia encontrou uma mochila com anabolizantes e um tubo com cocaína no apartamento, a qual foi apreendida. Os policiais militares que atenderam a ocorrência foram liberados após o registro do caso.
Fonte: HojeMais