O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) confirmou ao Hojemais Araçatuba nesta segunda-feira (19), que foi concedida a liberdade provisória ao juiz de direito Wellington José Prates, de Araçatuba (SP), que havia sido preso preventivamente no início de outubro, em procedimento que investiga suposto caso de pedofilia.
Ele estava no presídio Romão Gomes, em São Paulo, uma unidade destinada a abrigar policiais militares que respondem a processo ou em cumprimento de pena. Segundo a assessoria de imprensa do TJ-SP, a liberdade provisória foi concedida na sessão do Órgão Especial do próprio tribunal, ocorrida no dia 30 de novembro.
Segundo a nota, apesar de obter a liberdade, o juiz continua afastado de suas atividades. A assessoria de imprensa não divulgou detalhes sobre o caso, que tramita em segredo de Justiça.
Prisão
Os mandados judiciais contra o juiz foram solicitados pela PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça) do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) e cumpridos em 5 de outubro por equipes da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) da Polícia Civil de Araçatuba.
Prates foi localizado em um rancho na beira do rio Tietê, no município de José Bonifácio, divisa com Barbosa. As equipes estavam acompanhadas de um promotor de Justiça, representando a PGJ, e de um juiz, representando o TJ-SP.
Durante buscas nessa propriedade e em um endereço ligado ao juiz, em Araçatuba, foram apreendidas três armas de fogo que estariam sem registro, computadores e celulares. A reportagem não conseguiu contato com o advogado que representa Prates nesse processo criminal para comentar sobre a liberdade provisória.
Afastamento
O juiz era titular da 2ª Vara Criminal de Araçatuba e foi afastado do trabalho no ano passado, acusado de delegar tarefas a servidores, inclusive a condução de audiências e a elaboração de decisões.
Nesse processo ele é representado pelos advogados Adriano Britto e Alex Benante. O procedimento teve a instrução encerrada em agosto e ainda aguarda inclusão na pauta para julgamento.
Segundo os defensores, inúmeros documentos foram apresentados pela defesa e ouvidas oito testemunhas indicadas pelo magistrado, incluindo outro um juiz de Direito, promotores de Justiça, defensor público, delegado de polícia, advogados e cartorários.