
Uma mulher de 48 anos foi presa em flagrante na noite de domingo (14), em Avanhandava (SP), município vizinho a Penápolis, acusada de planejar a morte do irmão dela, Tadeu Augusto de Oliveira, 52. Ele foi morto a tiros no sítio onde morava, por pessoa ainda nao identificada, que foi à propriedade junto com a investigada.
Segundo a polícia, o sítio da família fica no bairro rural do Borá, onde a vítima estava acompanhada da mulher e da filha, quando a irma dela chegou de carro. Ao ouvir o barulho Oliveira armou-se com um revólver calibre 38 e foi até à porta da sala, de onde perguntou quem era.
Quando a irmã se identificou, ele colocou a arma sobre o rack da sala e foi até o veículo. A investigada estaria acompanhada de um rapaz desconhecido e alegou que o veículo carro, uma Ford Ecosport 2020 estava com problema mecânico e pediram água.
Tiros
Oliveira retornou para o interior da residência e quando voltava trazendo uma jarra com água, o homem que estava sentado no banco do passageiro passou a atirar contra ele, que foi atingido e caiu no chão.
Ao ouvir o barulho de tiros, a esposa da vítima pegou o revólver que havia sido deixado sobre o rack e passou a disparar contra o carro da cunhada, que deixou o local rapidamente.
Em seguida, ela encontrou o marido inconsciente e pediu ajuda a um vizinho, que o levou para o Hospital Geral de Promissão, onde foi constatado o óbito.
Sequestrada
Pouco tempo depois de o homicídio ser comunicado à policia, a irmã da vítima também telefonou para a Polícia Militar em Avanhandava, alegando que havia sido sequestrada por dois rapazes quando estava em Promissão.
Ela alegou que eles entraram no carro e mandaram que os levasse até à casa do irmão, onde teria sido obrigada a dizer que o veículo estava com problema e pedir água.
Disse ainda que quando o irmão dela aproximou do veículo com a água, o rapaz que estava no banco do passageiro saiu do veículo e passou a atirar no irmão dela, que caiu, e eles deixaram o local quando a cunhada dela passou a fazer disparos de arma de fogo contra o veículo.
Ainda na versão da investigada, os supostos sequestradoras mandaram ela voltar para Promissão e depois retornar para Avanhandava, tendo os dois desembarcado em uma estrada de terra.
Presa
A polícia passou a suspeitar da versão da mulher quando ela alegou que não tinha como informar as características dos supostos sequestradores. Segundo o que foi relatado, a investigada alegou que eles estavam encapuzados, apesar de a suposta abordagem ter sido feito em um cruzamento com semáforo, no início da noite.
Durante diligências a polícia descobriu que a mulher passou a se desentender com a família porque ela exigia a parte da herança do sítio, apesar de ter os pais ainda vivos. Diante da recusa, ela teria passado a fazer ameaçar contra os familiares.
Diante dos indícios o delegado que presidiu a ocorrência decidiu pela prisão em flagrante da investigada, que após ser ouvida permaneceu à disposição da Justiça. Foi determinada a realização de perícia no sítio onde ocorreu o assassinato e no carro da irmã da vítima.
O corpo de Oliveira passaria por exame necroscópico antes de ser liberado para velório e enterro.
Fonte: HojeMais