
A policial militar feminina que atirou no companheiro durante discussão entre o casal em Araçatuba (SP), no início de fevereiro, confirmou durante reconstituição do caso, nesta sexta-feira (14), que agiu em legítima defesa. O procedimento foi realizado pela Polícia Civil a pedido da Promotoria de Justiça e acompanhado pelo promotor de Justiça Adelmo Pinho, que atua no Tribunal do Júri.
Segundo o que foi apurado pela reportagem, durante os trabalhos, que terminaram por volta das 15h, a policial reproduziu o que havia relatado em depoimento, prestado logo após o companheiro dela, Matheus Mendonça Rodrigues, 30 anos, ter sido levado ao hospital para atendimento médico. Apesar do tratamento intensivo, ele teve a morte constatada na madrugada do dia seguinte.
Caso
O caso aconteceu na residência do casal, no bairro Jardim Pinheiros, na tarde de 6 de fevereiro. A policial relatou que houve uma discussão no quarto do filho do casal, onde foi agredida com socos e chutes.
Quando ele deixou o cômodo ela guardou a pistola .40 pertencente à corporação debaixo do travesseiro, por medo de que ele viesse a usá-la contra ela. Ainda de acordo com a policial, Rodrigues retornou ao quarto, voltou a agredi-la e teria tentado esganá-la, apertando o pescoço com as duas mãos.
Ela conseguiu empurrá-lo, pegou a arma que estava debaixo do travesseiro e atirou. Mesmo ferido o companheiro teria investido contra ela novamente, por isso efetuou novos disparos contra ele, que saiu andando e caiu na cozinha, onde permaneceu até ser socorrido.
Socorro
No boletim de ocorrência consta que a vítima foi encontrada ainda consciente e relatado que havia entrado em luta corporal com a companheira para tentar desarmá-la. A vítima apresentava ferimentos e passou por atendimento médico antes de ser apresentada no plantão policial.
Com a realização da reconstituição, a Polícia Civil aguarda a emissão dos laudos da perícia na residência do casal, onde foram recolhidos quatro estojos vazios, um projétil calibre .40 e três celulares, e do exame necroscópico para concluir o inquérito e relatá-lo à Justiça.
O entendimento inicial da polícia foi de que a policial militar se defendeu de agressão injusta provocada pelo companheiro quando efetuou os disparos. Foi ela quem acionou o socorro e aguardou no local.
Fonte: Hojemais