Leandro Calcanho de Souza e Hudson Tomás Ferreira, obtiveram a liberdade depois de 1 ano e 9 meses presos, acusados de tentativa de homicídio duplamente qualificada e de lesão corporal. Os crime ocorreram em 2021 em Ilha Solteira, e o julgamento aconteceu na quarta-feira (15), pelo Tribunal do Júri local.

Os jurados acataram a tese da defesa, feito por equipe de advogados de Araçatuba, que pediu a desclassificação do crime de tentativa de homicídio para lesão corporal. Apesar da condenação, a pena determinada é inferior ao período em que eles estiveram presos aguardando julgamento, por isso, foram postos em liberdade.

De acordo com o que foi publicado pela imprensa na época, em um domingo os réus teriam invadido uma residência na zona sul de Ilha Solteira. Alegando serem garotos de programa, eles teriam assediado duas mulheres com ofensas de teor sexual e passado a mão no corpo delas.

Agressões

As vítimas pediram socorro ao irmão, com 56 anos na época, que estava dormindo naquele momento. Ele teria lutado com os réus e golpeado diversas vezes na cabeça com um capacete. As duas mulheres também teriam sido agredidas com socos e chutes.

Um dos acusados foi preso em flagrante, enquanto o outro foi preso ao ir à delegacia procurar o amigo. Ainda de acordo com o que foi divulgado pela imprensa na ocasião, os acusados haviam deixado recentemente uma clínica de recuperação de dependentes químicos.

As três vítimas foram levadas para atendimento médico, sendo que as mulheres foram liberadas em seguida, enquanto o homem teria sofrido traumatismo craniano, fratura de costela, no pé e lesões no rosto, passando três dias internado.

Julgamento

Os réus aguardavam julgamento presos e tiveram a defesa feita pelo advogado José Márcio Mantello, com auxílio de Fábio Rogério Alves Guimarães e Marylin Daiana Alves, todos de Araçatuba.

A Promotoria de Justiça pediu a condenação dos dois réus por tentativa de homicídio duplamente qualificada e lesão corporal contra uma das mulheres, conforme a denúncia. Porém, os jurados acataram a tese da defesa.

Sentença

O Júri foi presidido pela juíza Isabelle Ibrahim Brito, que condenou a dupla a com base na desclassificação feita pelo Conselho de Sentença, a 1 ano de reclusão e 3 meses de detenção, e determinou o regime aberto para início do cumprimento da pena.

"Considerando a desclassificação do delito e o tempo que os acusados se encontram reclusos, entendo superadas as razões que justificaram sua custódia cautelar, de modo que concedo a eles o direito de recorrer em liberdade", consta na decisão.

Assim, imediatamente foi determinada a expedição dos respectivos alvarás de soltura e os réus puderam voltar para casa. A juíza determinou ainda que o capacete apreendido durante o flagrante seja devolvido ao proprietário.