SEGUNDA-FEIRA, 7 DE NOVEMBRO DE 2022 ÀS 08:47:32
Rodovias federais ainda têm 6 bloqueios e interdições em 4 estados, diz PRF

Manifestação em rodovia federal — Foto: PRF

Manifestação em rodovia federal — Foto: PRF

 

Mais de uma semana após o segundo turno das as eleições 2022, grupos contrários ao resultado ainda interditam estradas no país. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), às 6h30 desta segunda-feira (7), havia manifestações em seis rodovias, em quatro estados:

 

Interdições (interrupção parcial do trânsito):

 

Bloqueios (interrupção total do trânsito):

 

O número de atos é maior que na noite de domingo (6), quando havia interdições apenas no Pará e no RondôniaOs protestos começaram em 30 de outubro. No dia seguinte, o Supremo Tribunal Federal (STFdeterminou que a PRF e as polícias militares estaduais tomassem as medidas necessárias para desobstruir as vias.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal até o início da noite deste domingo, 1040 manifestações haviam sido desfeitas.

 

Investigação

 

Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Inspetor Silvinei Vasques, durante evento em 25/03/2022 — Foto: Divulgação/PRF

Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Inspetor Silvinei Vasques, durante evento em 25/03/2022 — Foto: Divulgação/PRF

 

Ministério Público Federal (MPF) pediu que a Polícia Federal (PF) investigue possíveis crimes cometidos pelo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. Segundo o ofício, o inquérito deve apurar blitz realizadas pela corporação durante o segundo turno das eleições e omissão em relação aos bloqueios em rodovias.

O MPF diz que, se comprovada omissão do diretor da PRF sobre o bloqueio nas vias federais, o caso pode ser considerado prevaricação. Além disso, Silvinei Vasques – que declarou apoio a Bolsonaro na eleição – pode responder por "crimes praticados por invasores de rodovias".

prevaricação está configurada quando o funcionário público retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou age contra regra expressa em lei, "para satisfazer interesse ou sentimento pessoal". A pena é de detenção de três meses a um ano, e multa.


Fonte: G1