SEGUNDA-FEIRA, 23 DE JANEIRO DE 2023 ÀS 07:58:30
Saiba quem é o vândalo que destruiu o relógio de Dom João VI em Brasília

Saiba quem é o vândalo que destruiu o relógio de Dom João VI em Brasília |  Fantástico | G1

 

No último domingo (15), o Fantástico exibiu imagens exclusivas do ataque às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro. Entre as cenas que provocaram indignação, uma se destacou: o flagrante de um golpista atirando ao chão o relógio trazido ao Brasil em 1808, por Dom João VI. O criminoso foi identificado e o Fantástico foi a Catalão, em Goiás, para mostrar quem é esse vândalo.

Ele se chama Antônio Cláudio Alves Ferreira, tem 30 anos e, pelo menos até esta semana, morava na cidade de Catalão, a cerca de 260 km da capital de Goiás. O Fantástico localizou em Catalão um parente dele. Esse parente, que não quis gravar entrevista, afirma que identificou Antônio Cláudio Alves Ferreira quando viu a cena do ataque ao relógio.

Nossa equipe conseguiu uma cópia da carteira de habilitação do vândalo e mostramos ao parente, que disse que essa é a identidade de Antônio Cláudio. O Ministério da Justiça confirmou a identificação e informa que ele é considerado foragido.

As investigações sobre a invasão e o vandalismo ocorridos no dia 8 de janeiro são atribuição da Polícia Federal. Mas a Polícia Civil de Goiás diz que chegou a levantar informações sobre Antônio Cláudio a partir de denúncias anônimas recebidas dois dias depois da exibição da reportagem do Fantástico.

 

"A Polícia Civil de Catalão recebeu duas ligações na terça-feira pela manhã, de maneira anônima, nas quais duas pessoas diziam que sabiam quem era o indivíduo que havia danificado aquele objeto nas manifestações em Brasília. A polícia civil realizou uma checagem nos nossos sistemas internos, conferimos é a existência desse indivíduo com o nome completo, com todos os seus dados e registros”, explicou o delegado Jean Carlos Arruda.

 

Antônio Cláudio Alves Ferreira tem passagens pela polícia, mas os processos foram arquivados. Pra identificar os golpistas, a Polícia Federal está usando programas de computador a partir das imagens das câmeras de segurança do Congresso Nacional, do STF - Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto, e também imagens postadas nas redes sociais pelos próprios bolsonaristas extremistas.

 

“Em um primeiro momento nós estamos fazendo a comparação da imagem que foi captada durante as manifestações com imagens das pessoas que nós temos em bancos de dados. A partir desses softwares que fazem o cruzamento, a gente faz um complemento pra identificar corretamente as pessoas”, afirma Ricardo Saadi, diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção - PF

 

Segundo a Polícia Federal, o homem que atacou o quadro de Di Cavalcanti no Palácio do Planalto também foi identificado.


Fonte: G1