Santa Casa de Araçatuba implantou um plano de contingência na semana passada (Foto: Lázaro Jr./Arquivo)

A diretoria da Santa Casa de Araçatuba (SP) divulgou nota no início da noite desta segunda-feira (6) informando que depositou os valores referentes aos salários de fevereiro nas contas dos 1.700 colaboradores da instituição. Segundo a nota, a operação foi concluída no início da tarde desta segunda-feira.

Na semana passada foi informado que havia o risco de parte dos trabalhadores ficar sem o pagamento por falta de recursos, conforme plano de contingenciamento que entrou em vigor na quarta-feira (1).

Segundo o que foi informado, a folha de pagamento dos colaboradores do hospital soma R$ 3,8 milhões e foi paga graças à liberação dos recursos de emendas parlamentares que estavam sem provimento de pagamentos na Secretaria Estadual de Saúde.

Reunião

Em nota da assessoria de imprensa, o provedor da Santa Casa, Petrônio Pereira Lima, afirma que a autorização para o pagamento foi obtida durante reunião realizada também na quarta-feira, em São Paulo, com o secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva.

O Hojemais Araçatuba publicou matéria sobre o encontro, que teve a participação do prefeito de Araçatuba, Dilador Borges (PSDB) e da Secretária Municipal de Saúde, Carmem Guariente. Questionada, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde informou que não tinha tido acesso ao teor da discussão.

Ainda de acordo com a Santa Casa, para liberação dos R$ 4,36 milhões que estavam retidos foi necessária uma força-tarefa que envolveu a Santa Casa e o DRS-2 (Departamento Regional de Saúde) de Araçatuba, para atualização do plano de trabalho. Também houve uma ação entre a Secretaria Estadual de Saúde e a Prefeitura, pois os recursos foram liberados fundo a fundo.

Expectativas

Após ter conseguido a liberação desses recursos, a diretoria do hospital está na expectativa da consolidação de dois outros pagamentos que estariam pendentes na Secretaria Estadual de Saúde.

A Santa Casa informa que já existe o aval do secretário de Estado da Saúde para os estudos de viabilidade e estruturação financeira, que renderiam R$ 8 milhões para custeio emergencial do CTO (Centro de Tratamento Oncológico).

O hospital também requer o pagamento de R$ 2,8 milhões referentes a atendimentos na média complexidade prestados em dezembro do ano passado e janeiro deste ano. Como esses atendimentos superaram o teto financeiro contratado, não foram pagos.

A Santa Casa informa que se esses dois pagamentos forem autorizados, serão efetuados de forma parcelada.