Diagnóstico elaborado pela equipe do Hospital Sírio Libanês apontou a redução do tempo médio de permanência dos pacientes no Serviço de Urgência e Emergência da Santa Casa de Araçatuba (SP), como prioridade para resolver o problema de superlotação do pronto-socorro.

O estudo foi apresentado na última quarta-feira (19), durante evento que oficializou a implantação da segunda etapa do Lean nas Emergências. O projeto do Ministério da Saúde é desenvolvido por meio do Proadi/SUS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde) e executado em parceria com hospitais privados de excelência.

A Santa Casa de Araçatuba é uma das 39 instituições filantrópicas do País que participa do 8º ciclo do Lean nas Emergências. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, as demandas de urgência e emergência representam aproximadamente 90% das internações de pacientes do SUS realizadas pela Santa Casa. No ano passado, foram registrados 20.658 atendimentos, média mensal de 1,8 atendimentos, o que configura superlotação diária do pronto-socorro.

Gargalos

Ainda de acordo com o que foi divulgado, o projeto visa justamente destravar esses gargalos que emperram atendimentos, causam superlotação e prolongam mais do que o necessário a permanência de pacientes não graves nos prontos-socorros.

O médico do Sírio-Libanês que integrante a equipe que faz a gestão do Projeto Lean na Santa Casa de Araçatuba, Gutemberg Lavoisier, disse à assessoria de imprensa do hospital que a instituição tem capacidade estrutural adequada para o atendimento, mas precisa melhorar a capacidade operacional, ou seja dos processos internos.

Diagnóstico

Para fazer o diagnóstico foram consideradas as informações apuradas por técnicos do Sírio-Libanês   durante visita em maio para implantação do projeto. Também foram analisadas as estatísticas fornecidas pela equipe técnica que a instituição constituiu para ser capacitada e que deve acompanhar os ajustes de processos internos necessários à melhoria do giro de leitos do pronto-socorro.

De acordo com o que foi divulgado, o levantamento apontou que a demora de laudos e exames e no atendimento de especialidades estão emperrando o fluxo dos atendimentos. “ Temos alguns tempos operacionais altos que impactam todo o hospital e fazem com que o paciente fique esperando até por dias de forma desnecessária”, diz Lavoisier, acrescentando que a equipe irá trabalhar para reduzir esses tempos.

Segundo o médico, esses processos operacionais aumentam o tempo do paciente na Urgência e Emergência e o objetivo é fazer com que o hospital tenha condições de dar alta para quem não precisa estar internado, cedendo a vaga para quem realmente necessita.

Oportunidade

Ainda de acordo com o que foi divulgado, o provedor da Santa Casa, Petrônio Pereira Lima, está otimista com relação aos impactos positivos que o Lean proporcionará à assistência dos pacientes, o qual vê como uma oportunidade que não pode ser perdida pelo hospital. “Nós acreditamos muito neste projeto. Temos de abraçar essa oportunidade, aproveitar ao máximo para que todos os profissionais possam fazer com que as necessidades dos pacientes sejam atendidas”, comenta.

Para o administrador da Santa Casa, Luiz Otávio Barbosa Vianna, que reconheceu a existência dos gargalos apontados, o projeto será excelente para o hospital e será usado para resolvê-los. “Estamos com uma equipe engajada e isso já é um bom começo” , afirma.

Na segunda etapa do projeto, também haverá a participação do engenheiro Paulo César Miranda Molina.

Foto: Divulgação

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