O secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, informou que o governo do Estado realizará um mutirão para cirurgias de ortopedia e de oftalmologia. A anúncio foi feito durante a abertura da Oficina de Regionalização da Saúde, realizada na última quinta-feira em Araçatuba (SP).

“Podem me cobrar que dentro de 90, 100 dias, nós vamos começar o último mutirão do ano, que será de ortopedia e oftalmologia; aí nós encerramos o ano superando tudo o que nós tivemos para trás, para que comecemos o ano de 2024 com uma nova proposta, uma nova visão para a Saúde”, disse.

Ele contou que ao assumir a gestão, em janeiro, o atual governo tinha a proposta de tirar 300 mil pessoas da fila de cirurgias. O Estado iniciou esse projeto com um mutirão de 54 procedimentos de média complexidade, ao custo de R$ 220 milhões. “Nos quatro primeiros meses de mutirão, 96 mil pessoas saíram da fila”, informou.

Oncologia

Ainda de acordo com o secretário, houve um investimento de R$ 415 milhões para ampliar o atendimento na área de oncologia. Nesse caso, foi identificado que havia mais de 1.500 pacientes aguardando por até oito meses para dar início ao tratamento, de acordo com ele.

"Não precisa ser médico e nem trabalhar no setor de saúde; a gente sabe que uma pessoa com câncer, esperar oito meses para começar um tratamento, é algo inaceitável sob todos os pontos de vista” , disse.

Para aumentar o atendimento, segundo Eleuses Paiva, houve uma ampliação das unidades de atendimento de oncologia, com a meta de chegar aos 100 dias de governo com nenhum paciente aguardando por mais de 60 dias para iniciar o atendimento. Hoje, de acordo com ele, esse tempo de espera é de 50 dias em média.

Coração

Por fim, o secretário citou que na semana passada o Estado deu início a um mutirão para a realização de cirurgia cardíaca, pois há pacientes morrendo nas filas aguardando pelos procedimentos. “Precisamos no mínimo levar o Estado a um patamar de 12 mil cirurgias por ano, sob a regulação do Estado. Atualmente esse numero é de 7,8 mil ao ano”, explicou.

Para atingir o objetivo, a secretaria está ampliando a oferta de cirurgia dentro da rede, mas precisará de parceria com a iniciativa privada. Por isso, foi aberto um chamamento público para a realização de 3 mil cirurgias cardíacas, principalmente de válvula, cirurgias congênitas adulta e infantil e revascularização, com investimento de mais R$ 150 milhões do tesouro estadual.