QUARTA-FEIRA, 28 DE DEZEMBRO DE 2022 ÀS 14:49:54
STJ mantém prisão de influencer religioso que pegava dinheiro de fiéis e prometia 'bênçãos financeiras', em Brasília

A ministra Maria Thereza da Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), manteve a prisão preventiva do digital influencer religioso Paulo Roberto Salomão, de 61 anos, suspeito de aplicar golpes em fiéis pelas redes sociais, no Distrito Federal.

Segundo as investigações da Polícia Civil, o pastor pedia dinheiro para os seguidores e prometia "bênçãos financeiras", mas não devolvia os valores. Ele foi preso em flagrante, em 9 de dezembro, ao apresentar crédito falso de aproximadamente R$ 17 bilhões, em uma agência bancária de Brasília.

Ao determinar que o pastor continue detido, a ministra Maria Thereza da Assis Moura entendeu que não houve ilegalidade na prisão. A decisão é temporária. Questionada pelo g1, a defesa de Paulo Roberto Salomão disse que não vai comentar a determinação.

No habeas corpus dirigido ao STJ, a defesa tinha alegado ausência de justificativa concreta para a manutenção da prisão, além da possibilidade de substituição da medida por outras cautelares mais brandas. No entanto, os argumentos foram rejeitados.

Golpe

Influencer religioso Paulo Roberto Salomão foi preso suspeito de enganar fiéis, no DF — Foto: YouTube/Reprodução

Influencer religioso Paulo Roberto Salomão foi preso suspeito de enganar fiéis, no DF — Foto: YouTube/Reprodução

O Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) já tinha convertido a prisão em flagrante do influencer em preventiva, e determinado o bloqueio das contas dele nas redes sociais.

De acordo com a Polícia Civil (PCDF), o religioso tinha milhares de seguidores em seu canal no YouTube, onde ele oferecia as "bênçãos" mediante o pagamento de valores. Ele convencia as vítimas a não mencionar nada aos familiares, sob pena de não terem o retorno prometido.

Salomão publicava vídeos diariamente com propostas de investimento. No entanto, como desculpa para não devolver o dinheiro, dizia que estava com as contas bloqueadas.

Além disso, o homem ainda usava a internet para vender um "milagroso chá". De acordo com ele, a bebida cura "todos os problemas emocionais das vítimas".


Fonte: G1