SEXTA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2023 ÀS 08:49:19
TJ-SP adia julgamento de recurso de condenados por roubo milionário de ouro no aeroporto de Guarulhos

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) adiou por uma sessão o julgamento do recurso dos cinco réus condenados por participação no assalto milionário a uma carga de ouro e de joias preciosas, ocorrido em 2019 no aeroporto de Guarulhos, que estava previsto para esta quinta-feira (29).

 

O adiamento foi determinado na quarta-feira (28) pelo desembargador Grassi Neto, em atendimento a pedido das defesas dos réus Francisco Teotônio, Joselito de Souza e Peterson Brasil. No despacho, ele concedeu aos advogados o prazo de cinco dias para encarte aos autos as provas alegadas por eles.

 

O crime, considerado o segundo maior roubo ocorrido no Brasil, aconteceu em julho de 2019. Na ocasião foram roubados 734 quilos de ouro, carga avaliada em 117,3 milhões; 18 relógios e um colar da marca Louis Vuitton, avaliados em aproximadamente R$ 95 mil; e 15 quilos de esmeraldas, que valeriam 26,5 mil dólares.

 

Hojemais Araçatuba passou a acompanhar o caso porque um dos réus tem a defesa feita pelo escritório de advocacia Lima & Lima, dos advogados Milton Walcinir de Lima e Nathaly Lima, de Birigui. Peterson Patricio, condenado a 24 anos e 2 meses de prisão, conforme sentença proferida em 30 de março de 2021.

 

 

Funcionário

 

Ele era funcionário do aeroporto e foi apontado pela investigação como peça fundamental na articulação dos crimes, por ter amplo conhecimento da operação de transporte da carga e ter informações privilegiadas da rotina das empresas vítimas.

 

Ainda de acordo com a denúncia, Patrício teria sido aliciado por Peterson Brasil, do qual foi amigo de infância. Este foi condenado a 37 anos e 7 meses de prisão. Para executar o crime, o grupo entrou no setor de cargas do aeroporto utilizando veículos plotados como se fossem da Polícia Federal.

 

Os assaltantes renderam e obrigaram funcionários a carregar a carga de ouro e demais joias, que foram transportados até um depósito. Essa carga foi transferida para outras caminhonetes e depois, para uma ambulância, encontrada tempos depois em processo de desmanche. A carga roubada nunca foi encontrada.

 

 

Sequestro

 

Ainda de acordo com a denúncia, a esposa e outros familiares de Peterson Patrício, entre eles crianças, foram sequestrados pelos autores do crime. Na sentença em primeira instância consta que apesar de inicialmente Patrício ter aceitado participar do roubo, posteriormente ele teria dado sinais de que desistiria. O sequestro teria sido a forma encontrada para obrigá-lo a seguir com o plano.

 

A defesa requer a absolvição dele sob argumento de que ele teria sido vítima de coação moral irresistível, ou seja, teria participado do assalto somente em virtude do sequestro de parte da família dele.


Fonte: HojeMais